terça-feira, 23 de junho de 2015

Puuuuutz e agora?


Sei que em épocas de MiMiMi usar uma palavra tão antiga como Putz é ousadia. Mas não poderia usar outra agora. O que sai de mim é um grande e poderoso PUUUUUTZ. Se você que saber o motivo do desespero é só continuar lendo, senão tem dois ótimos textos pra você aqui e aqui.
 Tô aqui, esperando minha colação passar pra pensar: Meu Deus, o que eu tô fazendo da minha vida? Pois é, formada, ex-estudante, futura desempregada, fruto do ProUni, renegada da escola pública, uma possível feminista, aquela que não consegue mais ler... Anyway

Não é fácil sair da faculdade hoje em dia. Desespero a parte, ter passado por uma das maiores e melhores universidades particulares do Brasil, ainda que com ajuda de um programa estudantil, é um ponto a favor nessa minha longa e inesperada caminhada. Mas não é o suficiente, a economia estar ou não em crise também não é o bastante, sair da faculdade com o melhor emprego do mundo ajuda, mas ainda assim não vale muito. Principalmente quando crescemos cercados de expectativas.
-Você tem que estudar
-Você tem que ser educada
-Você tem que se formar
-Você tem que ser objetiva e racional
- Pode Discordar mas dentro do Comum
-Seja você mesma mas sem se expor
Whaaaat?

Somos a geração que tem que abraçar o mundo, simplesmente porquê sim. Ninguém pergunta se queremos abraçar o mundo. Talvez o meu abraço seja pequenininho, posso ser do tipo que não quer o mundo, talvez só quer abraçar uma paçoca, certo? Infelizmente não. Aproximadamente 21% dos jovens brasileiros tem sintomas de depressão, entre as mulheres o número sobe para 28% segundo dados do 2º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas.
Jovens, bem dispostos, com energia e alegria estão cada vez mais desesperados por ser alguém na vida. Só que o que ninguém nos avisa é que ser alguém na vida é relativo, pode ser salvar vidas ou vender tererê na praia. Chega um momento em que as pessoas que foram treinadas pra dar certo percebem que não deram certo, quando na verdade deveria perceber que o certo é ainda mais relativo do a teoria da relatividade.
Já estragamos toda uma geração, talvez seja a hora de simplesmente voltarmos a tratar as pessoas como.. Pessoas. Não existe padrão, não deveria existir. Uma menina pode ser engenheira se quiser, um menino pode ser menina se quiser. Simples assim. 



Beijos, 
M. Mota

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